como diferentes contextos culturais influenciam e geram relaçoẽs com o meio, para identificação de vantagens e desvantagens de ações que vão desde a agricultura de subsistência até a exploração do meio em larga escala, como a exemplo do plantio de eucalipto no ES

 O Eucalyptus é originário da Oceania, reúne mais de 600 espécies diferentes e foi implantado no Brasil e assim encontrou ótimas condições edafoclimáticas para seu desenvolvimento, com rápido crescimento e alto índice de produtividade (BRACELPA, 2014). Segundo a Indústria Brasileira de Árvores/IBÁ (2014) as áreas de florestas plantadas de Eucalyptus e Pinus no Brasil acumularam, em 2013, o total estimado de 7,6 milhões de hectares, sendo 72% correspondente à área de plantios de Eucalyptus. O clima tropical e a grande extensão territorial do Brasil colaboram para que as florestas plantadas demonstrem altas taxas de crescimento, adicionadas, ainda, inovação das técnicas e disponibilidade de mão de obra (STAPE; BINKLEY; RYAN, 2008).

De acordo com dados de plantios florestais licenciados pelo Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal – IDAF, o Espírito Santo possui 162.337,07 ha de florestas plantadas, compostas em sua maioria por espécies do gênero Eucalyptus sp. O Estado possui, principalmente na região Litoral Norte, extensas áreas de plantios de eucalipto, destinadas à produção de celulose. Apesar da maior parte desses plantios pertencerem à empresa Suzano, aproximadamente 65%, há também áreas de plantios florestais particulares e da empresa Placas do Brasil, com uso da madeira para outros fins. Na região Serrana, de clima mais ameno, há plantios de Pinus elliottii var. elliottii, destinados à produção de madeira serrada.

A planta de eucalipto possui um eficiente mecanismo de economia de nutrientes, resultado da adaptação evolucionária em solos pobres; A floresta de eucalipto não aumenta nem diminui as chuvas locais; A floresta de eucalipto controla a erosão do solo e melhora a infiltração de água; A absorção de água é equivalente ao de várias espécies florestais e agrícolas. Portanto, não podem acusar o Eucalipto de ser uma bomba d’água. Com relação à água subterrânea, deve-se ressaltar que as espécies de eucalipto cultivadas aqui, na maioria dos solos capixabas, possuem raízes pouco profundas, não chegando atingir o lençol freático; os balanços hídricos em bacias contendo, de um lado, plantio de eucalipto, e de outro, florestas naturais, apresentam resultados e comportamento similares.





A capacidade de seqüestrar carbono atmosférico, sem dúvida é um dos pontos mais importante que deve ser ressaltado da contribuição ambiental do plantio de eucalipto, principalmente em municípios altamente poluidores como o caso do município da Serra-ES. Os plantios de eucalipto podem servir como uma ação mitigatória da descarga de carbono que segmentos da indústria despejam no município

Estudos também demonstram que 65% das terras capixabas tem potencial para a silvicultura, e o eucalipto é a atividade que tem recuperado áreas de pastagens degradadas que somam a 240 mil ha. As regiões com maior conservação de solo e água são aquelas aonde tem concentração de plantios de eucalipto. Além disso, as plantações florestais têm promovido mudanças em economias regionais e locais, o que tem provocado o aumento de oportunidades de trabalho e a dinamização da economia local, além de propiciar a melhoria da qualidade ambiental. 






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